terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ditadura da madreza

 Letícia venutto

Eles são exibidos em toda forma de mídia, - outdoors, sites, capas de revista, programas televisivos e nas passarelas. Descobertos e de forma provocante, os corpos magérrimos das modelos, são venerados e expostos como ideal de beleza da sociedade contemporânea. Não obstante, cada vez mais cedo, ser como elas, tornou-se o objetivo de vida de muitos. Homens, mulheres, adolescentes e crianças, principalmente aqueles que vivem do corpo, - atletas, ginastas, atores, dançarinos, etc.

     Desfile em Madri: Modelo na luta contra a anorexia. (POR ANA ASENSIO)  

Arriscando um discurso meio marxista sobre a observação desse cenário, pode-se dizer que nas últimas décadas, o corpo vem sendo reduzido à simples condição de mercadoria.

Assim como os demais produtos, o corpo magro passou a ser ‘vendido’ com uma espécie de valor agregado. Criou-se uma associação entre magreza e sucesso no imaginário das pessoas. Concepção, que vem sendo paulatinamente edificada, e que, consequentemente, tem induzido à adoção de comportamentos radicais, que podem comprometer a saúde, em prol do emagrecimento; e tem sido responsável pelo aumento da incidência de transtornos relacionados à auto-imagem. Pois, “se há um padrão de corpos a serem consumidos, - leia-se desejados -, a ânsia de enquadrar-se nele gera um sentimento de frustração e angústia naqueles que não conseguem se adequar. Eles se sentem reprimidos pelo olhar da sociedade. É como se vivêssemos uma era de ditadura estética”, analisa a psicóloga Margareth Dias.

            Diante deste contexto, há uma pergunta latente: Quem criou e como difundiu-se esta ‘ditadura’? Segundo Luciana Bertolini, modelo e ex-miss Brasil, a padronização dos conceitos de beleza, foi criada a fim de atender a caprichos da indústria da moda, que é ancorada por sua lógica de mercado capitalista. “Os clientes, - as grifes e os estilistas -, trabalham com modelagens de tamanho padrão. Então, quando se trata de medidas, as agências são rígidas. A altura mínima é 1,70m, e caso tenha essa altura, o peso deve ser 50 quilos, a cintura 60cm e o quadril 90cm no máximo!”, exclamou a ex-miss, com ar de quem considera a imposição absurda.  E de acordo com o médico Eduardo Martins da Costa Lima, realmente é. “O IMC é calculado a partir da altura multiplicada por ela mesma. Em seguida, divide-se o peso pelo resultado da primeira operação. Portanto, ter essa altura e pesar apenas 50 quilos, equivale a um IMC  

(índice de Massa Corporal) correspondente a 17,3   Kg/m², percentual abaixo do ideal, - que é de 18kg/m²”, quantifica o doutor. “A CID (Classificação Internacional de Doenças) identifica como anoréxica aquela pessoa que apresenta um IMC igual ou inferior a 17,5 kg/m²”, complementa Costa Lima e informa que “Entre todos os transtornos psiquiátricos a anorexia nervosa é a que apresenta a maior taxa de mortalidade ao ano”.


   De acordo com dados da Sociedade Mineira de Endocrinologia a anorexia atinge aproximadamente 1,7 milhão de brasileiros, - número considerável, no entanto, desconsiderado -, destes, cerca de 20% culmina em óbito. As causas vão desde inanição a suicídio por depressão”, justifica o doutor. Mas ao contrário do que se imagina, ela não é tratada como um problema de saúde pública.



Existe uma enorme carência de divulgação de informações sobre os perigos que rondam a doença, sobre a fiscalização da venda de anorexígenos e da elaboração de projetos de lei para combater sítios de propaganda pró-anorexia, como certos blogs e comunidades na internet veem fazendo, chamando-a ‘carinhosamente’ pelo codinome de ‘Ana’, conforme denuncia A.M.C, 21, vítima de anorexia em tratamento há um ano, “neles há dicas de como fazer dietas absurdas sem sentir fome e como esconder o problema de médicos e familiares”. O que significa que há uma necessidade urgente de iniciativas por parte do governo, para tornar ilegal essa incitação ao excesso de magreza, bem como alguns programas televisivos e revistas teem feito.



Blog pró-anorexia: http://ana17mia.zip.net/  



Luciana Bertolini acredita que a solução é resgatar valores corporais que foram perdidos, mas que isso só irá ocorrer quando a imprensa também se conscientizar da responsabilidade social dela. “À época da Idade Média a simetria era um valor, que indubitavelmente perdeu lugar para a magreza. O ideal de beleza da mulher era sinônimo de proporcionalidade. As mulheres voluptuosas eram extremamente apreciadas, porque era sinal riqueza ter o que comer”, contextualiza a modelo. De fato, Mona Lisa de Leonardo da Vinci, passava longe de ser magra, e era um modelo de beleza no período medieval. “É claro que para as gerações contemporâneas a beleza daquela época é relativamente sem sentido. Mas, pensando bem, o padrão era sinal de saúde”, ressalta Bertolini.


Monalisa da idade média (Da Vinci). Como seria a Monalisa de hoje?

            Perante todo o exposto, a questão que fica é: Por que não reagir a essa ‘ditadura da magreza’? Pode a estética sobrepujar a ética e o belo o saudável? A resposta cabe a cada um de nós. Portanto, vale lembrar, que o silêncio também é uma forma de corroborar com a difusão deste deturpado modelo estético como estilo de vida.



Veja mais sobre o assunto...



O drama de Anahi com a norexia:


Obssessões – Corpos que gritam:


A pressão da mídia: Beyoncé perde 9kg com dieta de água, pimenta e limão para atuar:   


A dieta de Beyoncé vira dica em sites pró-ana:

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ARTE NO BONFIM

Fotos e texto: Mirella Brandão
O Cemitério do Nosso Senhor do Bonfim, em Belo Horizonte, tem 112 anos. Foi inaugurado em fevereiro de 1897.



O cemitério conta com atuação de escultores e marmoristas que, ao decorarem túmulos e
mausoléus, criam um belo e intrigante espetáculo artístico.



A arte, que transita entre a divindade e a humanidade...



...é repleta de emoção...


...nos mínimos detalhes.



É a beleza da homenagem para quem já partiu.





É mas nunca é simples.


Porque é eterna.

MMA - Esporte ou Pancadaria?

Victor Villafort e Wenderson Fernandes

A modalidade de luta que vem ganhando mais espaço na mídia e conquistando fãs pelo mundo deixa uma discussão no ar: MMA,é um esporte, ou não passa de pancadaria?





Foto Site Oficial UFC. Luta entre Shogun e Dan Henderson





O UFC, principal competição da modalidade, até agostode 2011, contabilizava um lucro de 130 milhões de reais, apenas com vendas de produtos.
No UFC Rio houve uma movimentação de 90 milhões de reais para a cidade do Rio de Janeiro no período da disputa, ocupando 78% da rede hoteleira da cidade.
Os 14 mil ingressos que custavam entre R$ 275,00 e R$ 1.600,00, se esgotaram em 1h14minutos.

Neste último sábado, 12 de novembro, a Rede Globo, transmitiu pela primeira vez uma luta do UFC ao vivo, onde o brasileiro Junior "Cigano" derrotou o Mexicano Cain Velasquez pela disputa do cinturão dos pesos pesados da modalidade, veja o video abaixo.



Também neste fim de semana foi confirmado a realização de mais um UFC Rio em Janeiro de 2012

Mas como surgiu essa modalidade?

O MMA ainda não é reconhecido oficialmente como esporte, mas há todo um trabalho envolvendo as autoridades e meios legais para que isso ocorra.
O “vale-tudo” começou por volta de 1940, no Brasil.








Foto do lendário Héilo Gracie, retirada do site terramel.org







Os irmãos Hélio e Carlos Gracie percorriam as academias desafiando lutadores de qualquer modalidade para provar que o jiu-jítsu era a mais eficiente das artes marciais.
No final dos anos 80, o filho mais velho de Hélio, Rorion Grace, mudou-se para os Estados Unidos e junto com executivos de televisão, criou em 1993 o UFC, torneio que abriu os olhos do mundo para o vale-tudo.
Esses desafios ficaram conhecidos como "vale-tudo", daí vem o nome popular do “esporte”.

No video abaixo, uma luta histórica do campeão Minotauro contra o gigante Bob Sapp, mostrando a eficiência do Jiu-Jitsu brasileiro. Minotauro venceu a difícil luta contra um adversário aparentemente muito mais forte:


Com a profissionalização, a modalidade ganhou um nome internacional mais ameno: mixed martial arts ou MMA, algo parecido como mistura das artes marciais, é uma pratica de combate em que qualquer modalidade de luta é aceita, da capoeira ao jiu-jítsu, passando pelo boxe, caratê, kickboxing, muay thai, luta livre e outras artes marciais.
O Mestre Marcelo Uirapuru, faixa preta de 2º grau de Jiu-Jtsu, conta que nas academias em que ele dá aulas, um iniciante em qualquer luta não é autorizado a fazer MMA, “para ser meu aluno no MMA, a pessoa tem que ter comprovada alguma experiência em qualquer tipo de luta, somente atletas preparados podem iniciar essa modalidade”.









Foto do Mestre Marcelo Uirapuru







Além de MMA, ele também ensina o jiu-jítsu, “diferente do MMA, no jiu-jítsu qualquer pessoa que tenha condições físicas pode iniciar a pratica deste esporte” afirma o mestre. Abaixo um video de Carlos Antônio aluno de Marcelo, ensinando alguns golpes do Jiu Jtsu


Algumas observações Marcelo Uirapuru deixa bem claro nesta discussão, se é ou não esporte:
“Diferente do que algumas pessoas acham, o MMA possui regras, existem árbitros nas lutas, médicos e há uma preocupação especial com a integridade física dos atletas que são altamente preparados para praticar aquilo(o MMA). Por isso existe a luta dos organizadores em acabar com o nome popular de vale-tudo”.
“O fato de ter brasileiros entre os campeões da competição contribui para o crescimento da modalidade no país, mas a busca life style é o que traz mais alunos para a academia”.
O professor explica que life style é o estilo de vida de um atleta. “As pessoas buscam hoje em dia um estilo de vida saudável, elas querem estar bem com o corpo e a mente, e essa é a vida de um atleta” encerra ele.

O QUE O DIZ A POPULAÇÃO:






O bar tender Iago Lopes, 23, pratica o MMA há dois anos. Para o atleta, assim como futebol, o MMA também é um esporte. “O MMA torna os praticantes mais tranquilos e conscientes, trabalha a mente e causa menos contusões do que no futebol”, afirmou Iago.







O empresário Renato Otoni, 31, é fã do UFC e acompanha todas as edições desde 2003. Segundo ele “O MMA profissional é praticado somente por atletas altamente preparados, os lutadores passam por um rigoroso acompanhamento médico, testes físicos e treinamentos diários. Tudo que um esporte de alto nível exige”.
Renato acredita que exista um preconceito com a modalidade, mas espera que ao chegar à TV aberta as pessoas terão idéia de quão profissional é o esporte.






Para o médico cardiologista Sergio Marcos Silva Araújo, esportes de contato físico estão sujeitos a lesões dos atletas. Segundo ele “a partir do momento em que há um esforço físico e uma competitividade, a modalidade passa a se tornar um esporte, ele completa frisando que não há diferenças quanto às lesões na pratica do “MMA” para lesões no futebol, por exemplo,”.









O coordenador de eventos Bruno Leonel, 25, não classificaria a luta como esporte. “parece uma agressão sem justificativa e sem limites”, afirma ele.







Para a futura engenheira, Carolina Fontes Silva, 25, esporte é uma prática saudável. “É tão violento que as orelhas dos praticantes acabam deformadas. Deformar o corpo e ficar apanhando não é uma prática saudável”, declarou.









O músico e radialista Agnaldo Silva, sempre gostou de esporte, mas é totalmente contra a pratica do MMA, ele afirma: “não passa de uma regressão aos tempos da Roma antiga, onde colocavam gladiadores numa arena que lutavam até a morte, para entreter uma multidão sedenta por sangue. Inadmissível para os tempos atuais, pois trazem à tona toda a fúria e instinto animal que levamos milhares de anos para domar e viver como cidadãos pensantes”.
Ele completa com tristeza dizendo que infelizmente o evento agora é transmitido em TV aberta.


Diferente de quando foi criado, o MMA, possui muitas regras, a preocupação com a integridade física dos atletas é tratada como ponto principal, para os que são contra a idéia de considerar como esporte permanecerá como absurda.
Todo esporte onde o objetivo é derrubar o adversário é visto por muitos como brutalidade. Além das lutas, o futebol americano, o rugby, o hockey no gelo ou até mesmo o futebol, são esportes que o contato físico é inevitável.

sábado, 26 de novembro de 2011

A boneca que incentiva a amamentação natural

Bárbara Flores e Raio de Luar





Lançada nos Estados Unidos recentemente, uma boneca que incentiva a amamentação causa polêmica: alguns acham que ela despertaria a sexualidade precoce nas meninas, mas talvez coisas como a dança do tchan e outras imagens fariam isso com mais afinco!

Segundo Dennis Lewis, representante da marca Berjuan, que fabrica o Breast Milk Baby, o produto permite que as meninas brinquem de cuidar do bebê de forma natural, em vez de usar mamadeira, como em outros brinquedos do tipo.

As meninas podem aprender mais uma forma de cuidar de um bebê, assim como se estivessem trocando, dando banho ou ninando", disse Lewis em comunicado.

Se querem tanto divulgar a amamentação natural por que ensinar as meninas a alimentar seus bebês com mamadeiras?

A discussão sobre a boneca parou no programa do apresentador de TV Bill O'Reilly, do canal de notícias Fox News, de grande audiência nos Estados Unidos. O'Reilly afirmou que a boneca não é apropriada. "Só quero que as crianças sejam crianças", disse ele, enquanto um convidado do programa dizia que o brinquedo o deixava "horrorizado".

A fabricante da boneca respondeu dizendo que o canal de TV apoia grandes empresas que querem que os bebês se alimentem com fórmulas infantis, "ainda que a ciência já tenha demonstrado os benefícios do leite materno". Disse ainda que a boneca é feita para ensinar às meninas que a maneira mais natural de alimentar um bebê é a amamentação.

Fonte: http://foradomanual.blogspot.com/2011/08/incentivando-amamentacao-natural.html

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

BH contra os jalecos

Projeto aguarda aprovação de Lacerda

Daniel Alves

Foi aprovado, em segundo turno na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o projeto de lei nº 10.136 que proíbe a entrada de pessoas utilizando jalecos da área da saúde dentro de bares e restaurantes na capital. De autoria da vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), o projeto tem como objetivo a proteção da saúde da população, já que os jalecos podem se tornar vetores de transmissão de doenças, agentes químicos e biológicos.

"Há uma grande infestação de vírus e bactérias e isso pode ser levado de volta ao hospital. Pode também acontecer o sentido inverso”, explica a vereadora. Caso seja sancionado pelo prefeito Marcio Lacerda, os comerciantes que permitirem a utilização do equipamento de segurança pessoal, dentro dos estabelecimentos, poderão ser multados em até R$ 1 mil. Em março de 2011, a prefeitura aprovou a lei que proíbe o uso das vestimentas também nas ruas da cidade.



LEI Nº 10.136, DE 18 DE MARÇO DE 2011

Proíbe o profissional de saúde de circular com equipamento de proteção individual fora do ambiente laboral.
O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica o profissional de saúde que atua no âmbito do Município proibido de circular fora do ambiente laboral usando equipamento de proteção individual, inclusive jaleco, avental e outra vestimenta especial utilizada para o desempenho de suas funções.

§ 1º - As normas regulamentadoras definirão os equipamentos considerados de proteção individual.
§ 2º - Para efeito desta Lei, considera-se profissional de saúde aquele que atua em serviço de saúde, bem como estudante e estagiário das respectivas profissões.

O projeto da vereadora chama atenção por se tratar de uma questão de saúde pública envolvendo médicos e pacientes. A auxiliar de enfermagem aposentada, Kátia Maria, se diz favorável à proibição. “Quem trabalha com atendimento na área da saúde tem contato diário com diversas formas de contaminação, é importante ter este tipo de controle”. Já o comerciante Ricardo Cezar, acha injusto que os donos de estabelecimentos sejam multados. Para ele, a iniciativa de não utilizar as vestimentas nas ruas deveria ser dos próprios profissionais da saúde.

“Eles têm uma noção dos riscos que as infecções oferecem, deveriam ser os primeiros a praticar a prevenção e os comerciantes não devem pagar por isso”, reclama o comerciante.

O projeto de lei estabelece multa para os estabelecimentos que não afixarem cartazes ou placas alertando a população quanto a proibição dos jalecos dentro dos comércios. “A punição tem que ser para o empresário do empreendimento. Ele será o responsável e será o parceiro nesse caso de saúde pública. A intenção é que ele ajude a evitar que o fato aconteça”, concluiu a vereadora Maria Lúcia Scarpelli.

Faculdade promove Encontro de Comunicação

Profissionais da comunicação abrem roda de debates a respeito das diversas ferramentas de trabalho e do novo olhar mercadológico.

Daniel Alves




Irreverência, naturalidade e dinamismo. Essa foi a tentativa de marcar a 3ª edição do Encontro da Comunicação, realizado no auditório da Faculdade Estácio de Sá, campus Prado, dos dias 25 a 28 de outubro

Este ano, o encontro trouxe o tema “Panoramas do mercado” e as interferências dos avanços tecnológicos nos portfólios e perfis dos profissionais da comunicação.

Quem compareceu pode ouvir conselhos, entender um pouco mais sobre as recentes exigências do mercado de trabalho e esclarecer suas dúvidas com os convidados.

Na abertura, feita pela coordenadora do curso de Comunicação Letícia Lins, foi ressaltada a participação dos alunos nesse tipo de evento, já que eles serão os futuros profissionais envolvidos com as novas ferramentas.

O primeiro palestrante da noite do dia 25 foi o publicitário, Diego Belo, da agência Grego Design, que falou da necessidade do profissional estar atualizado diante das constantes novidades do mercado da comunicação. Ele afirmou que o foco de seu trabalho não é específico para web, no entanto é preciso estar atento às essas novidades tecnológicas.

A sub-editora do Projeto Tempo Ipad, Karoline Borges, chamou atenção para o uso favorável das novas mídias e tecnologias no mercado de trabalho, que tem cobrado o domínio dessas plataformas dos recém-chegados nas empresas de comunicação. Além da união dos diversos formatos comunicacionais para elaboração de produtos e serviços. “Nossa equipe é formada por repórteres, designers e publicitários. Tentamos unir o que cada um tem de interessante e relevante para o leitor”.

O jornalista Luiz Fernando Rocha, editor do jornal O Tempo on-line, se mostrou preocupado com a formação dos jornalistas e profissionais que chegam nas redações. “O importante hoje para o jornalista é fazer com que a formação dele seja mais importante e necessária ou então ele vai cair no limbo que o judiciário imaginou de que é realmente desnecessário que a pessoa jornalista para fazer reportagem”. Fernando ressaltou ainda que os novos profissionais e aqueles já inclusos no mercado precisam fazer um pouco de tudo para atender às demandas mercadológicas das empresas e clientes.

Para o estudante do 6º período de jornalismo, Lino Ramos, as melhores palestras aconteceram nos dias 25 e 26 mediadas pelas professoras Telma Johnson e Tailze Mello, que souberam extrair dos convidados aprendizados importantes para os alunos em formação. “Foi ótimo ver o 'Pequetito', meu colega de classe, compartilhando sua experiência com as novas mídias enquanto narra futebol”.

O aluno ainda ressaltou a participação dos convidados Ricardo Rocha e Ivo Antonioni que narraram suas experiências a frente de grandes empresas. “É bom ter contato mais estreito com pessoas, iguais a eles, engajadas naquilo que fazem”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Erotização Infantil! Fique por dentro do assunto...

Vejam este vídeo. Ele mostra o depoimento de uma garota que engravidou na adolescência.
O vídeo é muito interessante, e serve como exemplo para outras meninas.
Vale a pena conferir!






O Goversno de Minas implantou um programa contra a Erotização Infantil.
Para mais informações, acessem o site:


http://redemgcidadania.webnode.com.br

A erotização da adolescência

Bárbara Flores e Raio de Luar Mello

A sexualidade tem sido um assunto cada vez mais presente na vida de adolescentes e mesmo pré- adolescentes. Os jovens estão começando a transar já na adolescência. 
Assunto que há algumas décadas atrás era tratado como tabu, agora é tratado como questão rotineira pelas pessoas. E isso devido “a grande exposição do assunto pelos grandes meios de comunicação”, afirma a psicopedagoga Zaine Martins.





Há várias consequências para dessa sexualidade precoce, entre elas a gravidez de meninas entre 13 e 17 anos de idade, conflitos familiares, abortos e outras questões que podem ser traumáticas na vida desses jovens.


                                                                    

Foto:
Bárbara Flores


Especialista questiona
informações dos Meios de
comunicação sobre sexo






De acordo com Zaine Martins, há 12 anos, na última década, o fenômeno da antecipação sexual na vida de adolescentes tem sido crescente por causa do aumento do número de informações sobre sexo divulgadas pelos Meios de Comunicação de Massa (MCM). Ela explica que o aumento do volume de dados sobre sexualidade não contribuiu para aprofundar o conhecimento dos jovens sobre o assunto.










Sexualidade é estimulada desde a infância

A sexualidade precoce dos adolescentes começa a ser despertada ainda na infância. A psicóloga explica que as crianças, principalmente as meninas, estão sendo expostas a programas não adequados à sua idade que trazem mensagens eróticas. Então, desde a infância, começam, precocemente, a ser estimuladas através de músicas, de personagens que usam roupas sensuais e maquiagens exageradas a repetir tais comportamentos.


Foto: blogger <pensamento-causa.blogspot.com>  edição: "pensamento-causa.blogspot.com2010/10/o seus-mercado-e-erotizacao-infancia.html

Foto: blogger "devaneiosmetamorfoses.blogspot.com edição: "devaneiosmetamorfoses.blogspot.com
/2010/08erotizacao-da-infancia.html








Fotos de crianças erotizadas


Fotos 1 e 2 : retiradas do site " www.cartacapital.com.br", edição:
Foto: site "conversademenina.wordpress.com "
edição: "conversademenina.wordpress.com\2010\04\10\criança-e--fashionismo-um-papo-sobre-a-nocao-de-limites\










Cena de concurso de beleza infantil no belo filme Pequena Miss Sunshine. A pequena Oliver (Abigail Breslin), é discriminada pelos organizadores do concurso por ser "fora do padrão"














Foto1: blogger <ronaldomiguez.blogspot.com>, edição: <ronaldomiguez.blogspot.com/2009/04/erotizacao-infantil.html>

Foto2: site <redeoutraspalavras.net>
edição: <redeoutraspalavras.net/pontodecultura/tag/infancia/publicado em 09/nov>


"Xuxa e suas paquitas trouxeram para o mundo infantil o lado sensual da figura feminina"


Para a psicóloga, tal situação começou a ser vivenciada a partir da década de 1980, quando os programas que até então, tinham uma abordagem infantil como o “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, “Tia Dulce” e o grupo musical “Balão Mágico”.



















“Mas programas apresentados por modelos de beleza que exploravam a sexualidade – como Xuxa e suas paquitas - trouxeram para o mundo infantil o lado sensual da figura feminina. Através das roupas, e botas sensuais, essas apresentadoras aguçaram a curiosidade e o desejo de sexual mais cedo”, explicou . 
Outro grande responsável pela antecipação do interesse de crianças e adolescentes pelo sexo, na opinião da psicóloga, foram grupos de Axé Music como “É o Tchan”, que ficaram famosos por hits como “Na boca da garrafa”. “A evolução do modismo de explorar a sensualidade feminina em programas para várias faixas-etárias foi alavancada também pela série de mulheres fruta como a “Mulher Melância”, “Mulher Melão”, entre outras”, afirmou.
Para a psicóloga, tal exposição das crianças à sexualidade estimulou a “banalização” do sexo. Zaine acredita que esse interesse precoce pelo namoro, começa já na pré-adolescência, entre crianças de oito a dez anos, quando se tornam comuns gírias como BV (Boca Virgem) e BVL ( Boca Virgem de Língua). “Com isso, o desejo sexual surge, empurrando-os para a iniciação sexual na pré-adolescência”, afirmou.


FOTOS DA APRESENTADORA INFANTIL ESTIMULAM SENSUALIDADE, EROTIZAÇÃO PRECOCE NAS CRIANÇAS




















































Gravidez precoce: conseqüência do sexo na adolescência



Entrevista com “Ge” adolescente que virou mãe
aos 16 anos 

“Ge” mora no bairro Jardim Alvorada, na região Noroeste, em Belo Horizonte. Ela teve a primeira relação sexual aos 15 anos com um namorado com quem se relacionava há um mês. Nessa primeira transa “Ge” disse ter usado camisinha. Sua preocupação não era o risco da gravidez, mas sim como as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST´S).

Por que você transou com 15 anos de idade?
“Ge”- Eu me sentia atraída pela possibilidade de ser mãe, pois gostava muito de crianças.
Você teve alguma orientação sexual?
“Ge”- Sim. Contei sobre a minha primeira relação sexual para a minha mãe que me orientou sobre os cuidados que deveria tomar e acompanhou o uso de anticoncepcionais.
Depois da primeira transa você passou a ter uma vida sexual ativa?
“Ge”- Não. Só transei com três namorados que tive no último ano.
Qual relação pessoal tinha com o parceiro de transa que lhe engravidou ?
“Ge”- Éramos namorados há um mês antes da transa. A gravidez aconteceu depois que meu pai, que não aprovava a relação entre nós dois pelo fato dele ter 39 anos de idade, ter me expulsado de casa. A partir daí decidimos morar juntos e termos um filho. Ainda moro com ele.
Você pensa em ter outros filhos?
“Ge”- Não pois a dor que senti no parto foi muito forte, não quero passar por isto de novo.
O que mudou na sua vida depois da gravidez?
“Ge”- A relação com meus amigos e minha família mudou, poucos deles aprovaram meu namoro e minha gravidez, tive que parar de estudar , e hoje sinto muita dificuldade em voltar, por que meus compromissos com meu filho me tomam muito tempo. E pode comprometer sua formação escolar e profissional.
O que achou da experiência de ser mãe?
“Ge”- Me sinto muito feliz com esta experiência de ser mãe, mas não a recomenda para minhas irmãs de 13 e 10 anos. È muito difícil cuidar de um filho nova, compromete nossos estudos, nossa carreira profissional e o relacionamento com as pessoas. Principalmente os familiares que não nos aprovam. No nosso caso por exemplo meu pai é alcoólatra e muito violento.

Gravidez precoce, aborto, DST's e conflitos familiares
são consequências do sexo precoce
De acordo com a psicoterapeuta Zaine Martins, muitos adolescentes sofrem dramas ao enfrentarem as consequências da sexualidade precoce , quando a gravidez não é planejada, ou a adolescente sobre abortos espontâneos, enfrenta conflitos familiares e a impossibilidade de dar continuidade a seus estudos ao início de sua vida profissional. “ O mais grave é que eles não têm amadurecimento suficiente para enfrentar os problemas", alertou.
Para Zaine, os pais devem se preocupar menos com o atendimento das necessidades materiais dos filhos – como roupas, escola, alimentação – e investir mais no desenvolvimento de relações de afetividade. “Esse comportamento dificulta o acompanhamento pessoal e emocional dos filhos. As autoridades governamentais deveriam em colocar limites na difusão de músicas e programas que trazem consigo sentido dúbio ou mesmo explicito do sexo. E o que é pior de uma forma totalmente inadequada. O que causa uma educação errada do assunto “, opina.